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Às vésperas do 7 de Setembro, Fachin suspende decretos de armas de Bolsonaro e cita risco de violência política

 Ministro do STF Edson Fachin

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu suspender o efeito de uma série de decretos e outras normas editadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte e a posse de armas, além de limitar a compra de munições, citando o risco de "violência política" que aumenta com a campanha eleitoral.

A determinação de Fachin ocorre na análise de três ações pelo PSB e pelo PT que questionam atos do governo. Elas ocorrem a dois dias das manifestações previstas para o 7 de Setembro que estão sendo convocadas por Bolsonaro e que devem conter críticas ao Supremo.

O ministro do STF tomou a decisão liminar nos três processos mesmo diante do fato de que as ações estavam com o ministro Nunes Marques desde setembro do ano passado, quando pediu vista em análise anterior pelo plenário virtual. Nunes Marques foi indicado ao STF por Bolsonaro.

Não é comum que, diante de um pedido de vista de um ministro, o relator da ação tome uma decisão. No caso, Fachin alegou que há um perigo da demora e apreciou a liminar durante o pedido de vista.

"Sem embargo das contribuições que os e. (egrégios) pares deste colegiado irão aportar à compreensão que externei inicialmente, tenho que o início da campanha eleitoral exaspera o risco de violência política a que alude o requerente em seu pedido de tutela incidental", disse Fachin.


 


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