O candidato ao governo do
Paraná pelo PT, Dr. Rosinha, foi alvo de um ataque a bomba enquanto
panfletava no centro de Curitiba, no final da tarde desta quinta-feira,
13. Um vídeo divulgado pela sigla mostra o momento em que a bomba
explodiu a poucos metros de Rosinha, que estava acompanhado de outros
membros do partido. Ele não ficou ferido.
Na sequência das imagens, o candidato dá um depoimento em que afirma
que “um sujeito jogou uma bomba caseira contra o grupo”. “A
responsabilidade disso é do ódio que estão construindo no País. É
impossível fazer uma campanha eleitoral com esse tipo de coisa. Sou
contra qualquer tipo de violência, seja contra candidatos de direita,
como ocorreu, ou qualquer outro. É triste isso”, declarou no vídeo.
Este não é o primeiro ato de violência contra petistas no Paraná em
campanha para as eleições de 2018. Na segunda-feira, 10, durante ato de
campanha do partido no final da tarde também no centro da capital,
Jessica Teodoro da Silva, que trabalha panfletando para a sigla desde o
início do mês, foi atingida por supostos resquício de rojão. Segundo
Jessica, o suspeito de soltar o artifício fugiu. O PT informou que
registraria Boletim de Ocorrência sobre a ação.
Na noite de domingo, 9, o advogado Renato Freitas, candidato à
deputado estadual pelo PT, foi atingido por balas de borracha da Guarda
Municipal (GM) de Curitiba enquanto panfletava numa praça no centro. Os
tiros o atingiram na mão esquerda, na barriga e nas costas. Ele também
quebrou um dos dedos da mão direita em consequência dos estilhaços das
balas.
Renato foi hospitalizado, prestou depoimento na Central de Flagrantes
de Curitiba e liberado no mesmo dia. Segundo o candidato expôs em um
vídeo no Facebook, ele foi abordado pelos guardas enquanto fazia
campanha e, questionado, revidou dizendo que tinha direito de estar ali.
Logo na sequência, um dos guardas teria disparado contra ele sem
explicações.
Em nota, a GM admitiu o uso do armamento contra o candidato, mas
afirmou que Freitas fazia parte de um grupo que “avançou contra os
guardas municipais”. A Guarda teria sido acionada por moradores do
entorno da praça, “que reclamavam de pessoas fazendo racha de veículos,
consumindo e promovendo perturbação do sossego”. Seis guardas atenderam a
ocorrência.
Após ser questionado em sua página no Facebook sobre o caso, o
prefeito da capital Rafael Greca (PMN) defendeu a atuação da GM e
afirmou que Freitas “é reincidente em atos de desacato e de perturbação
do sossego”. Em 2016, quando candidato à vereador de Curitiba pelo PSOL,
Freitas já havia sido detido pela Guarda pelos mesmos motivos.
No vídeo, Freitas acusou a Guarda Municipal de represália sobre o
processo administrativo que corre contra dois guardas em relação à ação
de 2016. Ele afirmou ter prestado depoimento na quinta-feira, 6, na
condição de vítima em uma sindicância que apura eventuais abusos na
abordagem. Ele alega que, na ocasião, apanhou e sofreu humilhações dos
guardas.
Na sexta-feira anterior, 7, Edna Dantas, outra candidata petista à
Assembleia Legislativa do Paraná, e outros dois ativistas foram detidos
por policiais militares enquanto manifestavam pela libertação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o desfile
cívico-militar da Independência, em Curitiba. A PM não se pronunciou
sobre o caso. Com informações do Estadão Conteúdo.
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