O
câncer irá tirar as vidas de 9,6 milhões de pessoas em 2018,
representando uma em cada oito mortes entre homens e uma em cada 11
mortes entre mulheres, informou a agência de pesquisa sobre câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (12).
Em
seu relatório Globocan, que detalha a prevalência e a taxa de
mortalidade de vários tipos de câncer, a Agência Internacional para
Pesquisa sobre Câncer (IARC) disse que estimados 18,1 milhões de novos
casos de câncer surgirão neste ano.
O
número é superior aos 14,1 milhões de novos casos e as 8,2 milhões de
mortes previstos em 2012, quando a última pesquisa Globocan foi
publicada.O
IARC disse que o fardo crescente do câncer – caracterizado como o
número de novos casos, a prevalência e o número de mortes pela doença –
se deve a vários fatores, como o desenvolvimento social e econômico e as
populações maiores e mais velhas.
Em
economias emergentes, disse, também há uma transição de formas de
câncer relacionadas à pobreza e a infecções para formas de câncer
ligadas a estilos de vida e dietas mais típicas de países ricos.
Prevenção
O
câncer de pulmão – causado principalmente pelo fumo – é a principal
causa de mortes por câncer em todo o mundo, disse o relatório. Assim
como o câncer de mama, o câncer de pulmão também está entre as maiores
causas de casos novos da doença: 2,1 milhões de casos novos de cada tipo
devem ser diagnosticados somente neste ano.
Com
uma estimativa de 1,8 milhão de casos novos em 2018, o câncer
colorretal é o terceiro tipo mais diagnosticado, seguido pelo câncer de
próstata e o câncer de estômago.
“Estes novos números enfatizam que ainda há muito a ser feito para tratar o aumento alarmante do fardo do câncer globalmente e que a prevenção tem um papel central a desempenhar”, disse o diretor do IARC, Christopher Wild, em comunicado que acompanhou o relatório.
Wild
pediu que políticas eficientes de prevenção e detecção precoce sejam
implantadas urgentemente “para controlar esta doença devastadora em todo
o mundo”.
O
relatório do IARC disse que os esforços de prevenção – como campanhas
antifumo, exames e vacinações contra o vírus do papiloma humano – podem
ter ajudado a reduzir a taxa de incidência de alguns tipos de câncer,
como o câncer de pulmão em homens do norte da Europa e da América do
Norte e câncer cervical na maioria das regiões, com exceção da África
subsaariana.
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