9 razões médicas para se fazer sexo
Por Antonio Nunes
08:26
ENTRETENIMENTO
Há quem diga que o mundo gira em torno dele. Verdade ou não, ninguém discute que, além de perpetuar a espécie, o
sexo é
a grande fonte de deleite da humanidade. E, mais do que isso, quem se
dedica a essa prática como se fosse uma prazerosa modalidade esportiva
ainda conquista outras benesses para o corpo e para a mente.
Talvez você questione: afinal, quantas transas por dia, semana ou mês
são necessárias para garantir tanta saúde assim? Não há resposta. “Até
porque quantidade não tem a ver com qualidade”, diz o urologista e
terapeuta sexual Celso Marzano, de São Paulo. Desde que o casal se sinta
bem com uma relação diária ou semanal, o organismo já vai tirar
proveito.
Mas, diante dos bons efeitos que apontaremos a seguir, talvez você
não pense duas vezes para intensificar sua atividade entre os lençóis.
91. Proteção cardiovascular
O
coração pode até sair ganhando de verdade quando um sexo mais caliente
marca presença no dia a dia. “Durante a relação sexual, como em um
exercício físico moderado, há um aumento temporário do trabalho cardíaco
e da pressão arterial”, explica o cardiologista José Lazzoli, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.
Para preservar as artérias, contudo, é preciso suar a camisa no mínimo
30 minutos diários cinco vezes por semana. “Nem todo mundo consegue
fazer sexo com essa duração e frequência”, observa o especialista.
Então, a mensagem é somar às noites intensas uma corrida ou caminhada no
parque pela manhã, por exemplo. Recado à turma que tem hipertensão
descontrolada ou doença coronariana: consulte o médico. Nesses casos,
tanto o coração pode atrapalhar o sexo quanto ele pode atrapalhar um
coração com problemas.
82. Um remédio contra a dor
Durante
o bem-bom, o corpo fabrica uma porção de substâncias, entre hormônios e
nurotransmissores. Uma delas é a endorfina, a mesma que dá as caras
quando se pratica um exercício físico por alguns minutos. Essa molécula
capaz de aliviar as sensações dolorosas é descarregada para valer no
ápice da relação, o orgasmo. “Ela é o maior analgésico do nosso corpo”,
afirma a médica Ruth Clapauch, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia. E sua ação se prolonga após o ato sexual. Os
especialistas estão começando a acreditar que, somada ao trabalho da
ocitocina – outro hormônio liberado na hora do gozo -, a endorfina ajuda
a aplacar dores crônicas na cabeça e nas juntas.
73. Um basta ao excesso de estresse
Ninguém
precisa ser cientista para saber que uma boa transa apaga a quase
inevitável tensão do dia a dia. Mas saiba que até os pesquisadores estão
cada vez mais interessados nesse potencial, que é maior quanto mais
intenso for o sexo. Um estudo da Universidade de Paisley, na Escócia,
constatou: os voluntários que faziam questão da penetração respondiam
melhor a situações estressantes. “A atividade sexual diminui o nível de
ansiedade”, diz o urologista Joaquim de Almeida Claro, da Universidade
de São Paulo (USP). “Só se deve tomar cuidado para não transformar o
sexo a dois numa mera descarga de estresse”, lembra a psicóloga Ana
Canosa, daSociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. É que,
nesse caso, vira algo mecânico, quase obrigatório, sem envolvimento
emocional. Aí não tem graça – e nem tanto efeito.
64. Autoestima lá em cima
Qual
o órgão do seu corpo que mais se aproveita de uma extenuante sessão a
dois? Ele mesmo, o cérebro. Ora, lá se encontra o verdadeiro terminal do
prazer. Quem agrada constantemente essa central de instintos e emoções
ganha uma baita massagem no ego. “A autoestima melhora porque o
indivíduo se sente desejado pelo outro”, resume a psicóloga Ana Canosa,
de São Paulo. E não pense que essa guinada no astral se deve apenas ao
orgasmo. “As preliminares também são fundamentais, sobretudo para a
mulher, que precisa ser tocada e beijada. A excitação promove uma maior
liberação de hormônios, aumentando o tamanho do canal vaginal e as
chances de chegar ao orgasmo”, diz o ginecologista e obstetra Francisco
Anello, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Ou seja, tudo
que antecede a penetração tem o seu valor para o corpo e para a mente
dos parceiros, “mas sem orgasmo não se usufrui de todo o bem-estar após
aquele acúmulo de tensão”, diz Ana.
55. Mais prazer, menos gordura
Para
manter a forma, homens e mulheres podem se dirigir a uma quadra de
futebol, a uma piscina ou, por que não, a uma cama. Ora, o sexo é
saboroso esporte de dupla. É óbvio que não dá para pensar em eliminar a
barriga de chope ou definir a silhueta apostando apenas nisso. Mas ele
não deixa de ser um aliado da queima de pneus. “O esforço de uma
atividade sexual equivale, em média, a um trote a 7,5 quilômetros por
hora”, calcula o cardiologista José Lazzoli. “Dependendo da intensidade
da relação, é possível queimar de 100 a 300 calorias”, contabiliza
Anello.
46. Defesas reforçadas
Fazer
sexo uma ou duas vezes por semana tornaria o sistema imune mais
preparado para entrar em combate. É o que sugerem pesquisadores
americanos que compararam amostras da saliva de pessoas sexualmente
ativas com as de voluntários que pouco se aventuravam na cama. Eles
concluíram o seguinte: quem transava com certa frequência abrigava mais
anticorpos. O resultado, no entanto, ainda carece de um consenso entre
os médicos. Isso porque, para muitos deles, uma defesa mais a postos não
seria fruto da atividade sexual em si. “Há, sim, trabalhos mostrando
que pessoas felizes têm melhor resposta imunológica. E a atividade
sexual sem dúvida traz felicidade e qualidade de vida”, pondera Joaquim
Claro.
37. Músculos fortalecidos
Não
dá para elevar o quarto à condição de academia, mas a atividade entre
quatro paredes exige o esforço de alguns grupos musculares. Tudo
depende, por exemplo, das posições na hora agá, mas é possível trabalhar
as coxas, o dorso e o abdômen. No caso das mulheres, a relação ainda
cobra a movimentação dos músculos da vagina. “Há um aumento do fluxo
sangüíneo para a região”, conta a fisioterapeuta especialista em
urologia Sophia Souto, da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp,
que fica no interior paulista. “Durante o orgasmo, por exemplo, há uma
contração dos músculos pélvicos”, diz. Quando unida a exercícios
específicos para aumentar o controle da própria vagina, a relação
ajudaria a tonificar sua musculatura, diminuindo o risco de problemas
como a incontinência urinária.
28. Lubrificação nota 10
Essa
é para as mulheres que se aproximam da menopausa ou já atravessam o
período marcado pela derrocada do hormônio feminino. Um dos principais
reflexos da queda de estrogênio é a falta de lubrificação na vagina – um
problema bastante comum, que leva à secura nessa região. “Mas aquelas
que, após essa fase, mantêm relações sexuais tendem a apresentar menos
atrofia do órgão genital”, conta a ginecologista Carolina Carvalho
Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Já as
mulheres que raras vezes se divertem com o companheiro não só sofrem
mais com o incômodo como também podem sentir mais dores durante a
penetração.
19. Para dormir pesado
Sim,
uma noite tranquila também depende de uma cama movimentada. O que o
casal costuma comprovar na prática a medicina sabe explicar: “A relação
favorece o relaxamento muscular”, afirma o urologista e terapeuta sexual
Celso Marzano. Isso porque, graças ao orgasmo, o corpo recebe uma
enxurrada de substâncias que não demoram a agir, fazendo com que o
indivíduo sinta uma mistura de bem-estar e exaustão. “O sono costuma vir
depressa depois de um sexo mais vibrante”, observa Marzano. Mas, caro
leitor, aguarde mais um pouco antes de rumar ao quarto.
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