Vaticano
afirmou nesta terça-feira (12) que o terço que teria sido entregue ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Superintendência da Polícia
Federal (PF) em Curitiba, na segunda-feira (11), não foi enviado pelo
Papa Francisco.
O
simbolo religioso foi levado por Juan Gabois, assessor de questões de
Justiça e Paz do Vaticano e coordenador de encontros do Papa com
movimentos sociais. Segundo ele, o presente era em nome do Papa
Entretando,
por meio de redes sociais, o Vaticano afirmou que a visita de Gabois
era pessoal e não em nome do Papa. Ainda conforme a publicação, o terço,
“como tantos outros”, é abençoado e distribuído em inúmeras ocasiões.
Lula está detido em uma sala especial, desde 7 de abril. Ele foi condenado em primeira e segunda instância no processo da Operação Lava Jato relacionado ao triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.
O ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele nega as acusações.
Visita negada
O advogado Gabois tentou visitar o ex-presidente, entretanto, segundo a Polícia Federal, a entrada dele não foi autorizada.
PAPA E LULA#VaticanNews se atém ao que disse o advogado #JuanGrabois: o terço não é um presente do #PapaFrancisco a #Lula. Como tantos outros, é um terço abençoado e distribuído em inúmeras ocasiões. A visita era pessoal e não em nome do Papa. @Pontifex_pt— Vatican News (@vaticannews_pt) 12 de junho de 2018
Na
saída, Gabois disse que tinha esperança de passar uma mensagem para o
ex-presidente e que levou um rosário, presente do Papa ao Lula. Segundo
Gabois, a entrada dele foi barrada porque ele não é um sacerdote
consagrado.
“Considero que estamos de frente a claro caso de perseguição política”, afirmou Gabois.
Procurada pelo G1, a PF afirma que desconhece se o ex-presidente recebeu o símbolo religioso e que não iria emitir nota oficial sobre o assunto.
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