A
quadra invernosa para o interior do Estado ainda não acabou, mas as reservas
hídricas acumuladas nos 47 reservatórios, com capacidade superior a cinco
milhões de metros cúbicos, monitorados pelo Instituto de Gestão das Águas
(Igarn) indicam que os estudos desenvolvidos dentro do instituto, que
estipulavam uma recarga entre 20% e 30% nos volumes dos mananciais potiguares
em um inverno normal foram corretos. O Relatório da Situação Volumétrica
divulgado nesta terça-feira (8) demonstra que as reservas hídricas totais já
atingem 1.385.100.815 m³, o que corresponde a 31,45% dos 4,404 bilhões que o
Estado acumula no total das suas reservas hídricas superficiais monitorados.
Durante
o período de chuvas deste ano 8 reservatórios já chegaram aos 100% de
armazenamento de águas, são eles: Riacho da Cruz II; Apanha Peixe e Santo
Antônio de Caraúbas, ambos localizados em Caraúbas; Encanto; Brejo, localizado
em Olho D’água dos Borges; Beldroega, em Paraú; Pataxó, em Ipanguaçu; e
Mendubim, em Assú. Outros reservatórios como o Rodeador, localizado em
Umarizal, já com 97% do seu voluma máximo, estão próximos de sangrar.
Atualmente,
7 reservatórios ainda se encontram em volume morto, no mesmo período de 2017,
os mananciais nesta condição eram 18. Em termos percentuais, nesta
segunda-feira (7), 14,89% dos açudes monitorados ainda estão em volume crítico.
No mesmo período do ano passado este percentual era de 38,29%.
Já
os reservatórios ainda secos em todo o estado nesta semana são 2, que
correspondem a 4,25% do total de reservatórios monitorados. Em 2017 os
mananciais secos eram 11, percentualmente o número representava 23,40% dos
açudes monitorados pelo Igarn.
Com
relação aos três maiores mananciais do Estado, a barragem Armando Ribeiro
Gonçalves, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, está com 705,762
milhões de metros cúbicos, que correspondem a 29,41% da sua capacidade total.
No ano passado o reservatório acumulava, no mesmo período, 457,425 milhões de
metros cúbicos, em termos percentuais, 19,06% do total que consegue acumular.
Já
o reservatório Santa Cruz do Apodi, atualmente, está com 176.660.840 milhões de
metros cúbicos, correspondentes a 29,46% do seu volume total, que é de 599,712
milhões de metros cúbicos. Em 2017, no
mesmo período, a barragem estava com 130,425 milhões de metros cúbicos, 21,75%
da sua capacidade total de acumulação.
O
reservatório Umari, em Upanema, está com 137.487.909 milhões de metros cúbicos,
46,95% do volume total, que é de 292,813 milhões de metros cúbicos. No ano
passado o açude estava com 68,171 milhões de metros cúbicos, em termos
percentuais 23,28% da sua capacidade total.
Com
relação aos demais reservatórios monitorados, o açude Marcelino Vieira, que
atualmente está acumulando 9,775 milhões de metros cúbicos, ou 87,28% da sua
capacidade total, no mesmo período de 2017 estava seco. O açude Pau dos ferros,
com 5,579 milhões de metros cúbicos, em termos percentuais 12% da sua
capacidade, que é de 54,846 milhões de metros cúbicos e o açude Flechas,
localizado em José da Penha, e que já acumula 3,708 milhões de metros cúbicos
correspondentes a 41,44% da sua capacidade total, que é de 8,949 milhões de
metros cúbicos, eram outros mananciais secos no ano passado.
Outros
reservatórios como o açude Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes, que está
acumulando 6,574 milhões de metros cúbicos, ou 79,46% da sua capacidade total
que é de 8,273 milhões de metros cúbicos, estavam no mesmo período de 2017, em
volume morto. Este manancial, por exemplo, estava com apenas 1.016 milhão de metros
cúbicos, 12,28% do total que pode acumular. O açude Tourão, localizado em Patú,
era outro reservatório em volume morto no início de maio do ano passado com,
apenas, 4,03% da sua capacidade total, que é de 7,985 milhões de metros
cúbicos. Este ano o reservatório já está com 60,65% de sua capacidade total. O
Itans, localizado em Caicó, embora ainda esteja somente com 9,03% de sua
capacidade total que é de 81,750 milhões de metros cúbicos, já saiu do volume
morto.
Dos
poucos casos de reservatórios que se encontram em situação pior que a de 2017,
está o reservatório Marechal Dutra, também conhecido como Gargalheiras, em
Acari, que está com apenas 0,10% da sua capacidade total, que é de 44,421
milhões de metros cúbicos. Outro açude na mesma condição é o Dourado, em
Currais Novos, que está seco e no ano passado estava com 10% de sua capacidade.
Com
relação aos totais acumulados por bacia hidrográfica, a Apodi/Mossoró está com
423,034 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 38,10% da sua capacidade
hídrica superficial total. Já a Bacia Piranhas/Açu está com 910,020 milhões de
m³, 30,67% do seu volume total superficial. No mesmo período as bacias
acumulavam os seguintes percentuais, 18,99% e 19,07%, respectivamente. O total
das reservas hídricas estaduais que atualmente está em 31,45% no mesmo período
de 2017 era de 17,98%.
Como
a quadra chuvosa no interior do Estado, historicamente, só termina no final de
maio, a tendência é que os reservatórios ainda continuem recebendo recargas até
o final do mês.
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