
O
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) mediou o acordo
firmado entre a Polícia Militar e o Governo do Estado para regularizar
os pagamentos dos salários dos policiais. A reunião foi realizada no
início da tarde desta sexta-feira (10), na sede da Procuradoria-Geral de
Justiça, em Candelária, e contou com a participação do procurador-geral
de Justiça, Eudo Rodrigues Leite, da chefe do Gabinete Civil do
Governo, Tatiana Mendes Cunha, do comandante da Polícia Militar, coronel
Osmar José Maciel de Oliveira, e de representantes das associações de
policiais.
Nesta
segunda-feira (13), serão pagos R$ 16 milhões aos Policiais Civis,
servidores do Itep e agentes penitenciários, e na sexta (17) serão pagos
os policiais militares – ativos e inativos – totalizando R$ 42 milhões
para a PM. Com essa confirmação, também ficou acordado que a paralisação
que estava marcada para a segunda-feira foi cancelada e a Polícia
Militar vai atuar normalmente em todo o Estado.
Para
o comandante da PM, “o acordo veio em um momento crítico, para resolver
um anseio da categoria. Estávamos com uma situação tensa para
segunda-feira e tivemos uma solução viável para a corporação e,
principalmente, para a sociedade”.
O
major Antoniel Moreira, presidente da Associação dos Oficias da PM e do
Corpo de Bombeiros Militar, explicou que o acordo tranquiliza toda a
tropa. “Já estamos marcando uma reunião na noite desta sexta no Clube
dos Oficiais para comunicar o acordo a toda a categoria. Com isso, a
paralisação que estava prevista para segunda-feira fica cancelada”,
reafirmou.
Com
o acordo, o Governo do Estado se compromete a efetuar os pagamentos nas
datas acertadas. A chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha,
destaca que essa mediação do MPRN para celebrar o acordo foi muito
importante. “Essa parceria é fundamental para ajudar o Estado em um
momento de crise tão forte. Espero que agora esse movimento seja
debelado e que a segurança retorne a funcionar na sua integralidade”,
declarou.
O
procurador-geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite, destacou a
oportunidade que o MPRN teve de protagonizar essa mediação de um acordo
entre o Governo e as associações e a tranquilidade que essa ação vai
gerar para a população. “Seria um verdadeiro risco para os cidadãos ter
uma PM paralisada com a criminalidade da forma como está hoje, levando
em conta o estado de verdadeiro caos social que isso poderia causar”,
alertou.
Eudo
reforçou também a importância da união entre poderes, instituições e
sociedade. “É preciso buscar soluções mediadas, consensuadas e
negociadas para as crises que surgem. Isso fortalece as instituições e
resolve os pleitos das categorias. Acreditamos que se houver uma união
das instituições e a compreensão desse momento que estamos vivendo, em
que pese toda a situação quase caótica do ponto de vista financeiro e
orçamentário, acredito que podemos sair todos de braços dados dessa
crise tão severa”, finalizou.
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