Um furinho no dedo, uma gota de sangue e pronto: tem-se o resultado
preciso se o paciente com suspeita de câncer de intestino está, de fato,
doente. Tal teste é foco de um estudo britânico pioneiro e que poderá
revolucionar o diagnóstico da condição. Além da facilidade, através de
material sanguíneo também poderá detectar com mais precisão condições
pré-cancerígenas como pólipos.
Além disso, alguns pacientes poderão ser poupados do exame de
colonoscopia — de imagem que permite a exploração e a visualização do
cólon, para detectar lesões no interior do órgão, realizada com o
auxílio de uma sonda, chamada colonoscópio. Caro, em torno de 1500
reais, é considerado desconfortável e invasivo.
Para se ter uma ideia, apenas na Inglaterra são diagnosticados 41 mil
casos de câncer de intestino por ano, tornando-se o segundo com maior
probabilidade de morte no Reino Unidos. De acordo com dados da
instituição Cancer Research UK, cerca de 10% dos casos são detectados
através dos programas nacionais de triagem.
Por haver uma resistência natural, muitos casos de pacientes são
detectados apenas após apresentarem sangue nas fezes — o que pode
indicar doença em estágio avançado.
O novo teste em estudo procura certas moléculas no sangue, conhecidas
como biomarcadores, que são liberadas por células cancerígenas. Além
disso, os tumores podem produzir substância químicas que alteram a forma
como o corpo utiliza ou absorve certos nutrientes dos alimentos no
intestino.
O teste, criado pela empresa de biomedicina Universal Diagnostics,
mede de 30 a 40 marcadores que são mais propensos a detectar câncer de
intestino. Os resultados são devolvidos no prazo de 24 horas.
Estudos anteriores mostram que sua precisão é comparável ao teste de
fezes, detectando 87 % dos cânceres colorretais. Os pesquisadores
explicaram que também rastreia 83 % dos pólipos que podem se transformar
em câncer e precisam ser removidos, em comparação com uma taxa de
detecção de apenas 42 %, por meio de exames comuns de fezes.
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