O presidente da República, Michel Temer, sancionou nesta quinta-feira (16), em cerimônia no Palácio do Planalto, a lei que estabelece a reforma do ensino médio.
Por ter sido enviada ao Congresso por meio de uma medida provisória, a
reforma tem força de lei desde a publicação no Diário Oficial, em
setembro do ano passado. No entanto, ainda não vai ser colocada em
prática. Isso porque a aplicação do novo modelo ainda depende da
definição Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que está sendo
elaborada e deve ser homologada em 2017.
A reforma do ensino médio é considerada pelo governo como uma das mais importantes da gestão de Temer.
Em discurso, o ministro Mendonça Filho defendeu que a discussão acerca
da reforma não começou no governo Temer, mas estendeu-se há 20 anos no
Congresso Nacional. Segundo o ministro, faltava “vontade política” para
dar seguimento à tramitação da “maior e mais importante reforma
estrutural básica” do país.
“Não há discussão que se inaugurou, essa discussão remonta há 20 anos.
Somente entre comissão especial e o início de tramitação de projeto,
completa-se, nesse ano, cinco anos. Não existia vontade política de
fazê-la passar. O quadro bastante crítico do ensino médio no Brasil
compromete vida de jovens”, afirmou.
Ao falar após o ministro Mendonça Filho, o presidente Michel Temer
afirmou que a implementação da reforma do ensino médio é fruto de
coragem e ousadia por parte do governo.
“É interessante salientar que nos dias atuais mais do que coragem para
governar, é preciso ousadia. Por isso que cumprimento a ousadia do
ministro da educação ao dizer vamos fazer por meio de uma MP porque essa
matéria está sendo debatida há mais de 20 anos no Congresso Nacional”,
disse.
Temer afirmou que algumas das propostas enviados pelo governo ao
Congresso, como a reforma do ensino médio, têm suscitado polêmica. Mas,
segundo ele, são polêmicas "saudáveis".
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