Cientistas
encontraram traços de danos cerebrais que podem causar demência em
diversos ex-jogadores de futebol, aumentando preocupações sobre o perigo
de frequentes impactos após cabeceios na bola ou colisões com outros
jogadores em campo.
O pequeno estudo foi o primeiro do tipo, envolvendo seis homens que
morreram com demência após longas carreiras jogando futebol. Todos eram
exímios cabeceadores.
O estudo sugere que alguns jogadores profissionais de futebol podem ter
risco dos mesmos problemas cognitivos a longo prazo sofridos por
boxeadores e alguns jogadores de futebol americano.
Mas especialistas disseram que mais pesquisas são necessárias para
provar qualquer ligação definitiva entre cabecear uma bola e desenvolver
demência, e acrescentaram que o risco deve ser mínimo para jogadores
ocasionais.
"Demonstramos que o mesmo tipo de patologia que ocorre em ex-boxeadores
também pode ocorrer em alguns ex-jogadores de futebol que têm demência,
mas enfatizo que isto é um número muito pequeno de jogadores", disse o
co-pesquisador líder Huw Morris, do Instituto de Neurologia da UCL, em
Londres.
"A média da carreira destes jogadores era 26 anos, que significa
milhares de horas de jogo, milhares de horas de treinos e milhares de
cabeceios... Penso que o risco é extremamente pequeno para futebol
recreativo."
O futebol é o esporte mais popular do mundo e cientistas dizem que o
perigo de danos na cabeça precisam ser pesados contra os benefícios
conhecidos na melhoria da saúde cardiovascular, que reduz a
probabilidade de desenvolvimento de demência.
O estudo, publicado no "Acta Neuropathologica" nesta quarta-feira (15),
seguiu 14 jogadores aposentados com demência e teve permissão para
exames post mortem em seis deles.
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