A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) divulgou nesta
terça-feira (21) o resultado da Reunião de Análise e Previsão Climática
para a Região Nordeste do Brasil para os próximos três meses. De acordo
com o Gerente de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, “a média de
chuvas no semiárido deve girar em torno de 500mm, o que não será
suficiente para encher os grandes reservatórios, mas garante uma boa
recarga de água nas pequenas bacias”.
No mapa apresentado na reunião, o Rio Grande do Norte aparece quase
completamente na área verde, que significa chuvas “próximas a
normalidade climatológica”. Segundo a Emparn, a previsão é feita com
base em relatórios de instituições como a Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET).
Na análise das condições oceânicas e atmosféricas, os meteorologistas
concluíram que um fenômeno que influencia as chuvas, o La Niña, pode
“perder forças” no período estudado, o que contribui para a normalidade
das chuvas. “O enfraquecimento do Fenômeno La Niña ocorreu de acordo com
os resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e a condição
de neutralidade deverá prevalecer no Oceano Pacifico equatorial nos
meses de março, abril e maio”.
Destacaram também que “no Oceano Atlântico, as águas estão mais
aquecidas do que o normal em toda a bacia tropical”, o que significa que
as áreas mais ao norte da região serão beneficiadas com as chuvas e as
mais ao sul da região serão pouco influenciadas pelas chuvas deste
sistema meteorológico.
No mês de março a reunião dos especialistas acontecerá em Pernambuco,
quando será divulgado o prognóstico para a quadra chuvosa de abril a
junho para o Nordeste.
Secas no Nordeste
Os primeiros registros de seca no Nordeste datam de 1583, algumas décadas depois que os portugueses começaram a conquistar o Brasil. Ao longo da história, os ciclos de estiagem se repetiram; o coordenador do Inmet, Expedito Rebello, destaca o período de 1776 a 1778, quando boa parte do gado morreu por causa da seca.
Os primeiros registros de seca no Nordeste datam de 1583, algumas décadas depois que os portugueses começaram a conquistar o Brasil. Ao longo da história, os ciclos de estiagem se repetiram; o coordenador do Inmet, Expedito Rebello, destaca o período de 1776 a 1778, quando boa parte do gado morreu por causa da seca.
Segundo Expedito, a primeira ação governamental para tentar mitigar o
problema da seca foi em 1877, com o incentivo à construção de cacimbas.
Em 1909, o governo federal criou o Departamento Nacional de Obras
Contra as Secas (DNOCS) e o Inmet. Desde os anos 40, a estratégia do
poder público é investir na construção de reservatórios.
Colapso hídrico no RN
O Rio Grande do Norte passa atualmente pela mais longa e severa estiagem da história do estado. Dos 167 municípios do estado, 153 estão em situação de emergência. De acordo com dados da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern), o abastecimento foi cortado em 18 cidades. Em outras 76, sistemas de rodízio foram adotados.
O Rio Grande do Norte passa atualmente pela mais longa e severa estiagem da história do estado. Dos 167 municípios do estado, 153 estão em situação de emergência. De acordo com dados da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern), o abastecimento foi cortado em 18 cidades. Em outras 76, sistemas de rodízio foram adotados.
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