O mês
de janeiro foi o mais chuvoso dos últimos cinco anos, segundo levantamento da
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). E o resultado
é que quase metade dos reservatórios potiguares recebeu recarga de água. Só a
barragem Armando Ribeiro Gonçalves, responsável pelo abastecimento de 34
cidades, recebeu 3,5 milhões de metros cúbicos (m³) e subiu 10 cm de lâmina.
Dos 47
reservatórios monitorados pelo Instituto de Gestão de Águas do RN (Igarn), 21
receberam recargas que variam de 1% a 20% de suas capacidades. O açude
Beldroega em Paraú, que iria entrar no volume morto já no próximo mês, teve um
aumento no volume de água em 20% (1,6 milhão de m³). Diante do aumento, mesmo
que as chuvas cessem, o reservatório ainda terá água até o mês de setembro.
Pequenos
reservatórios transbordaram. Em Jucurutu, os açudes das comunidades de Riachão
e Boi Selado atingiram seu volume máximo e já estão desaguando em direção à
Armando Ribeiro, que está atualmente com 20,40% de sua capacidade (489,5 milhões
de m³). O mesmo acontece com o acúmulo de água na obra da barragem de Oiticica,
hoje com 3 milhões de m³, que está atingindo um braço do Rio Piranhas e
contribuindo para a cheia do maior reservatório do estado.
Alguns
reservatórios que entrariam em volume morto até junho deste ano, só chegarão a
volume morto em dezembro. Isto significa que receberam recarga para durar mais
6 meses.
ACUMULADO
- No acumulado de 2016, onde mais choveu no estado foram Apodi e Olho D’água
dos Borges. Nas duas cidades o índice pluviométrico superou a marca dos 300 mm,
atingindo respectivamente 304mm e 318mm. Em seguida, Portalegre (268 mm),
Riacho da Cruz (238mm) e Caraúbas (236mm). Em São Rafael, onde já foram
registrados 234 mm Em riacho de Santana desde as primeiras chuvas até agora já fora 169 mm de chuva neste ano.
“O
sistema meteorológico responsável por estas chuvas é o Vórtice Ciclônico de Ar
Superior, que deve continuar nos próximos dias provocando chuva no litoral, mas
principalmente no interior”, explicou o meteorologista da Emparn, Gilmar
Bristot. No período de Carnaval, entretanto, o volume maior de chuvas deve
acontecer na faixa litorânea do estado.
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