Uma
operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, batizada de “Gol
Contra”, deflagrada na manhã desta segunda-feira, afastou o ex-jogador e
hoje deputado estadual Mário Jardel (PSD-RS) de suas funções públicas
por 180 dias.
Principal investigado, Jardel é acusado dos crimes de concussão,
peculato, falsidade de documentos, lavagem de dinheiro e organização
criminosa. O ex-ídolo do Grêmio também é investigado de financiar o
tráfico de drogas com dinheiro público desviado do parlamento gaúcho.
O afastamento de Jardel foi uma alternativa a um pedido de prisão
temporária, pois o parlamentar só poderia ser preso, segundo o MP, por
crime inafiançável.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete do
parlamentar, bem como nas residências dele, da mãe e do irmão, além do
endereço do chefe de gabinete e de duas assessoras fantasmas.
De acordo com o jornal ‘Zero Hora’, que acompanhou a polícia durante as
buscas, foram apreendidas duas porções de cocaína, além de documentos e
dos celulares de Jardel e de sua esposa.
A investigação começou há dois meses, depois que uma pessoa procurou o
MP para denunciar irregularidades no gabinete do ex-jogador. Como Jardel
tem foro privilegiado, o caso precisava ser apurado pela
Procuradoria-Geral de Justiça.
A partir da denúncia, o MP teve autorização para grampear o telefone do
deputado e interceptou negociações com o objetivo de ganhar diárias
irregulares, além do uso de dinheiro público em benefício próprio e de
sua família.
BAND
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