De
acordo com a gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), “as condições
termodinâmicas analisadas nas últimas semanas referentes aos oceanos
Pacífico e Atlântico indicam que ainda predomina a condição de El Niño
no Oceano Pacífico com anomalias na temperatura superficial que chegam a
3ºC na parte central desse oceano”. Os valores esperados até o próximo
dia 30 deverão variar entre 0 e 5 mm no litoral. No interior do estado,
não devem ocorrer chuvas nesse período.
Durante
os meses mais quentes do ano - novembro, dezembro, janeiro e fevereiro -
quando ocorrem no estado as chuvas da pré-estação chuvosa (chuva do
cajueiro), atuam na região sistemas meteorológicos transientes (frentes
frias e vórtices ciclônicos de ar superior). Esses sistemas
meteorológicos são de baixa previsibilidade climática, por isso somente
podem ser previstos a curto prazo, com no máximo 5 dias de antecedência.
Além disso, esses sistemas apresentam características como a posição e
concentração de umidade, responsáveis pela distribuição e intensidade
das chuvas. Assim, para os meses de novembro e dezembro de 2015, além
de janeiro de 2016, não é possível determinar uma previsão climática com
bom acerto. É recomendado nesse período o acompanhamento das previsões
semanais.
As
previsões mais otimistas indicam que esse evento, segundo os
meteorologistas, "é considerado um dos mais intensos da história do
monitoramento do fenômeno, comparado ao evento 1997/1998”. Naquele
período, o período chuvoso na região semiárida do Nordeste apresentou
índices pluviométricos bastante baixos e isso deve se repetir pelo menos
até o início da estação do outono de 2016, o que poderia comprometer o
início da estação chuvosa prevista para iniciar entre meados de
fevereiro e início de março do próximo ano. O fenômeno El Niño por duas
vezes apresentou valores máximos: a primeira em meados de agosto/15 e a
segunda agora no início de outubro/15.
O
que se observa nesse momento, lembra a meteorologia “ é que o Centro de
Alta Pressão do Pacífico Sul, tem se intensificado nessas últimas
semanas e influenciado no aumento do vento alísio de sudeste promovendo
um maior movimento das águas superficial de leste par oeste e diminuindo
a intensidade do Fenômeno El Niño. Assim, somente o monitoramento
durante as próximas semanas é que indicará o comportamento das águas
superficiais do Pacífico com aumento ou diminuição no aquecimento das
águas.
Pelo
lado do Oceano Atlântico, não se tem informações relevantes nesse
momento que possam influenciar no próximo período chuvoso. O que se
observa é um Oceano Atlântico Norte mais aquecido e um Atlântico Sul com
temperatura próxima do normal. O Atlântico começa a apresentar
tendência no seu comportamento termodinâmico normalmente durante o mês
de dezembro. O
monitoramento das chuvas que ocorreram sobre o Rio Grande do Norte
durante o mês de outubro de 2015, até o dia 21, mostra que as chuvas
concentraram-se nas Regiões Leste e Agreste do estado. As chuvas com
desvios percentuais positivos ocorreram devido a influência de restos de
uma frente fria que atingiu a Região Nordeste durante a primeira
quinzena.
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