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Aos 23 anos paulistano é maior esperança brasileira do MMA



O MMA brasileiro vive – ou precisa viver – um momento de transição, com alguns dos veteranos que fizeram o esporte crescer no país passando o bastão para jovens promessas. Este processo é lento, complicado e parece até que as esperanças são poucas. Mas, alguns bons nomes surgem no radar e o que mais chama a atenção é Thomas Almeida. Neste sábado, ele começa sua jornada no UFC, com certo peso nos ombros pelo status de ser a grande revelação do momento.

Thomas, um peso galo (até 61 kg) de apenas 23 anos, está no card preliminar do UFC Uberlândia e encara Tim Gorman, norte-americano com oito vitórias e três derrotas no cartel. Mas, quem é Thomas, ou Thominhas, como chamam seus mais "chegados"?

A primeira coisa que chama a atenção no jovem paulistano é seu cartel: 17 vitórias em exatos dois anos como profissional. E mais, ele nunca deixou uma luta ser decidida pelos jurados. Foram quatro finalizações e 13 nocautes deste especialista em muay thai. E só em duas oportunidades ele foi além do segundo round.

Tudo isso já poderia ser um fator de pressão sobre Thomas, mas ele tenta segurar as pontas. "Não encaro como pressão, vejo essa expectativa das pessoas como uma motivação para eu lutar mais , treinar melhor e chegar bem preparado para essa estreia", afirma ele.

Questionado se vai buscar acabar mais um combate, ele garante que sim e cita uma frase politicamente incorreta de sua equipe, a Chute Boxe de São Paulo. "Desculpa o termo, mas, como a gente diz aqui, nem f******! Vou buscar essa vitória e lutar como sempre faço, tentando nocautear", diz o jovem, que teve como principal conquista o cinturão do Legacy, torneio norte-americano, em junho, seu último combate antes da entrada no UFC.
O começo de tudo

Thominhas teve de vencer a desconfiança dentro de sua própria casa para virar lutador. Em entrevista em 2013, ao UOL Esporte, ele explicou que entrou no muay thai aos 13 anos, na academia de Jorge Patino, o Macaco, ex-lutador do UFC. Ele morava próximo ao local, e resolveu fazer uma arte marcial estimulado pelo pai. Mas a família não sabia que ele passaria dos treinos para a competição.

"No começo foi muito difícil em relação à minha família. Eles não me apoiaram. Meu pai me colocou na luta para eu ter uma rotina, disciplina. Mas o fato de eu competir não agradava. Minha mãe sempre odiou. Depois eles foram cedendo, vendo que era verdadeiro, que eu queria isso. Hoje em dia eles me dão muito suporte", explicou Thomas. O garoto ainda ouvia dos amigos: "Isso não dá futuro", "você tá louco?".




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Espírito da Chute Boxe

A Chute Boxe criou alguns dos maiores lutadores da história, como Anderson Silva, Wanderlei Silva e Maurício Shogun. Mas tudo isso se deu na sua matriz, em Curitiba. É a divisão comandada por Diego Lima, em São Paulo, quem tenta fazer jus à tradição. Se no UFC Rio 5 Felipe Sertanejo e Lucas Mineiro foram derrotados, Thomas Almeida pode ser a redenção.

Para o paulista, representar o time, estar em contato com as histórias e poder colocar seu nome ao lado do de astros do MMA é uma honra.

"Tem sim um espírito diferente da Chute Boxe. Eu cresci ouvindo e vendo tudo isso, e é a Chute Boxe tem mesmo esse espírito de guerreiro, de união, que fortalece muito os lutadores", explicou Thomas. Para o combate, ele enfrenta um rival também nocauteador. Das oito vitórias de Goman, seis foram desta maneira, então o duelo promete ser quente. Tim Goman tem experiência no wrestling, e esse deve ser um fator de atenção para o brasileiro, para evitar que o norte-americano resolva amarrar a luta


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