O candidato à presidência da República Eduardo Campos, que
disputava as eleições pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), morreu na manhã
desta quarta-feira, após acidente de avião em Santos, no litoral de São Paulo.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do partido.
Além do candidato, também morreram no acidente aéreo em
Santos Pedro Valadares Neto, ex-deputado e assessor particular do candidato;
Carlos Augusto Percol Filho, assessor de imprensa; Marcelo de Lyra,
cinegrafista, e Alexandre Gomes e Silva, fotógrafo. Os pilotos da aeronave
Geraldo da Cunha e Marcos Martins também faleceram.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave
Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de
Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, no litoral de São Paulo.
"Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau
tempo", diz a nota. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato
com a aeronave. Além disso, a Aeronáutica já iniciou investigações para apurar
o que teria causado o acidente.
Nesta terça-feira, Eduardo Campos deu entrevista ao Jornal
Nacional. Na sabatina, o candidato foi questionado sobre suas principais
promessas – como escola em tempo integral, passe livre para estudantes do
ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da
União e multiplicar por 10 o orçamento para segurança. Campos afirmou que só
tinha uma promessa de campanha: "melhorar a vida do povo brasileiro".
Nascido em Recife (PE) em 1965, Eduardo Henrique Accioly
Campos era neto de um dos mais influentes líderes da esquerda nacional, o
ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Iniciou a militância política
durante a faculdade de Economia, quando presidiu o diretório acadêmico do seu
curso na Universidade Federal de Pernambuco. Ingressou no PSB em 1990,
acompanhando o avô, com quem trabalhava. Elegeu-se deputado estadual neste
mesmo ano.
Em 1994, foi eleito deputado federal pela primeira vez (reelegeu-se
em 1998 e 2002). Entre 1995 e 1998, esteve licenciado do mandato para trabalhar
como secretário estadual de Governo e depois da Fazenda no governo de Miguel
Arraes. Uma das principais lideranças da base do governo Lula no Congresso,
Campos foi chamado para comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia e ficou
no cargo entre 2004 e 2006. Em 2005, foi eleito presidente nacional do PSB.
Campos elegeu-se governador de Pernambuco em 2006. Conquistou
a reeleição quatro anos depois. Em 2013, tendo em vista as eleições deste ano,
o pernambucano, que era um dos principais aliados do PT em nível nacional,
anunciou a aliança com o movimento Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, para
lançar chapa independente e concorrer ao Planalto.
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