Quando começaram a surgir as primeiras ações de torcedores da
Portuguesa visando anular a decisão do Superior Tribunal de Justiça
Desportiva que rebaixou o clube, a CBF divulgou carta da Fifa avisando
sobre punições a clubes que entram na Justiça Comum. Essa, porém, não
foi a única correspondência entre as entidades: a CBF também pediu ajuda
a Fifa com uma postura mais forte para coibir as ações.
Em uma
carta em inglês, enviada ao departamento jurídico da Fifa em resposta a
uma carta anterior do dia 16 de janeiro, e assinada pelo diretor
jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, há o pedido para que a entidade
máxima do futebol faça pelo menos uma reprimenda aos clubes que entram
ou ameaçam entrar, mesmo que através de torcedores, na Justiça Comum (a
tradução foi simplificada para facilitar a compreensão).
"(A
CBF) pensa que uma reprimenda formal da Fifa nestes clubes (que entram
na Justiça Comum, ou ameaçam) pode ser eficiente em uma escala bastante
ampla, já que, pelo estatuto da Fifa (Art. 68), essas associações não
podem se beneficiar dessas medidas, sob pena de sofrer punições severas"
diz o documento.
O pedido não para por aí: a entidade que
comanda o futebol brasileiro admite a alta quantidade de processos
contestando decisões da Justiça Desportiva no país, e diz que uma
postura mais enérgica por parte da Fifa traria mais respeito dos clubes
às decisões do STJD.
"Por isso, a adoção de medidas enérgicas
pela Fifa seria extremamente importante, não só para garantir obediência
ao seus estatutos, mas também para conseguir o respeito dos clubes
pelas decisões do STJD, que têm sido alvo de inumeráveis processos
movidos nos tribunais brasileiros da Justiça Comum".
No final da
carta, além de se colocar à disposição da Fifa para quaisquer
solicitações relacionadas ao caso, a CBF, mais uma vez, dá a entender
que conta com o auxílio da entidade internacional.
"Agradecemos por vossa atenção a esse assunto, no qual contamos com a sua pronta e valiosa colaboração", despede-se.
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