Os Caboclos são oriundos da Península Ibérica, mas é comum em toda a América Latina, como informou o historiador Câmara Cascudo em um dos seus livros. Em Riacho de Santana, os grupos organizados de caboclos têm estrutura musical formada por sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro. A base coreográfica tem de 12 a 16 brincantes dançando sempre em roda, envolvidos em passos característicos e mantendo o Judas no centro, onde é pisoteado, agredido com bastões empunhados, extraído de marmeleiros da vegetação caatingueira local. Quando estão se apresentando os dançarinos emitem um som cutural, onomatopaico de ira incessante e seus sapateados ajudam a compor a base percussiva. As roupas de trapos de panos multicoloridos com capuzes vermelhos provocam um impacto plástico incomum, e a sua confecção é realizada em mutirão. A brincadeira começa pela manhã quando os grupos em cortejos dispersos apresentam-se em ruas, sítios, terreiros e depois participam de competições organizadas pela comunidade. As letras das músicas enfocam temas variados, ufanismo cultural, referências e evocações dos próprios grupos da cidade e o gênero preferido é o xote. Em Riacho de Santana existem aproximadamente ums 10 grupos de caboclos.
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