Sou apenas ponto de interrogação
na gramática humana distorcida
já fui outrora traço de exclamação
mas tornei-me pingo no termo da vida
Também estou no dicionário: eu ninguém
aquele poeta que o mundo nunca leu
simples escritor jamais lido por alguém
raiz quadrada que o aluno esqueceu
Um livro na estante abandonado
que leitores não quiseram manusear
e desse modo ficou lá, empoeirado
Mas esse ponto, velho livro que rasgou
mera poeira que o vento jogou no mar
quis ser poeta e desprezado escritor.
Gilbamar de Oliveira - Poeta e escritor
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Velho livro que rasgou
Velho livro que rasgou
Por Antonio Nunes 10:08
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